segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PROTESTO ANTICANDIDATURA SUJA DE PAES 31/10 CENTRO

PROTESTO ANTICANDIDATURA SUJA DE PAES 31/10 CENTRO
Protesto pró-moralização democrática nas eleições de 2008 do RIO DE JANEIRO!

20% de abstinência POR CAUSA DO FERIADO ADIANTADO PELO GOVERNO ESTADUAL

E OS MILHARES DE CRIMES ELEITORES FEITO POR PAES

QUEREMOS INVALIDAÇÃO DA ELEIÇÃO! 
QUASE 1 MILHÃO DE CIDADÃOS NÃO VOTARAM!
Sexta-feira na Cinelândia 12h, saindo as 13h para o TRE
DE PRETO

RESUMO:
1. Candidatura registrada fora do prazo de desincompatiblização;

2. 50 milhões de reais de despesa de campanha - quem bancou?

3. Uso político das UPAs (em Barra Mansa o prefeito eleito perdeu o cargo por isso) e restaurantes populares

4. Corrupção eleitoral, coação de leitores na Rocinha, ZN (região da Pavuna) e ZO

5. Boca de urna por vereadores eleitos da coligação oposta 

6. Campanha difamatória contra Gabeira, claramente bancada e sustentada por políticos da outra coligação (tipo Liliam Sá e Clarissa Garotinho)

PAES NAO GANHOU O RIO DE JANEIRO! ISSO É UMA FARSA!

domingo, 26 de outubro de 2008

Gratidão

BELA HISTÓRIA!!!
Nada é por acaso

No mês de agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel a negócios.
Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém.
O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo.
Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente.
Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador.
Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s.
Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila.
Certamente ele ainda estava na pizzaria. Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.
Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.
As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma.
Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda.
Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.

Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.

Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.

O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado.

Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.
Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida
Depois de algum momento, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.

Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.
Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias.
Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de
gratidão. Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila ..." Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers.

(Relatado em palestra do Rabino Issocher Frand)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Eduardo Paes: Lobo em Pele de Ovelha

> Sete Motivos para Você Não Votar em Eduardo Paes
>
> 1. Ele vai aplicar a política de Segregação Social na áreas valorizadas.
>
>          Como sub-prefeito da Barra e Jacarepaguá e como Secretário de Meio
> Ambiente
> promoveu a perseguição e a remoção de Comunidades pobres para abrir caminho
> para a especulação imobiliária.
>
> Exemplo Prático: Barra da Tijuca, orla da lagoa da Barra. Removeu a
> Comunidade
> oriunda de pescadores ( ele mesmo dirigiu um trator ) para fazer uma área de
> preservação ambiental. Resultado. Retirou os pobres e no local surgiu o
> Shopping Barra Point e  a sede da Unimed. Seu lema devia ser: "Preservar
> para
> as Elites".
>
> 2. Ele vai mudar o discurso quando alcançar o poder. Vai trair o eleitor.
>
> Mudou de partido  seis vezes. A última as vésperas da eleição. Traiu os
> amigos.
>
> Exemplo prático:  Em 14 anos de vida política é a sexta troca de partido. Em
> 1993, ainda subprefeito da Barra da Tijuca, era filiado ao PV, em 1996 foi
> para
> o PFL onde se elegeu vereador e deputado federal, em 1999 se filiou ao PTB,
> em
> 2001 volta ao PFL, em 2003 vai para o PSDB, por onde se candidata a
> governador
> e agora, 2007, vai para o PMDB.
>
>
> 3. Ele é o candidato da especulação imobiliária.
>
>  Quem sabe por isso sua campanha já tem cinco vezes o custo de todas as
> demais
> campanhas?
>
>
> Exemplo prático: No PMDB queria vender o quartel da PM do Leblon. Queria
> vender
> o parquinho da Cedae do Posto 6. Queria vender a delegacia do Leblon. E
> outras
> mais. A Prefeitura bloqueou tudo. Agora o que ele quer é acabar com as APACs
> e
> escancarar as portas à especulação imobiliária em toda a Zona Sul. Mas ele
> tem
> antecedentes. Aplicou o "cone de sombras sobre as praias" e gerou uma
> estranha
> troca em São Conrado.
>
>
>
4. Apoia e é apoiado pelas Milícias.
>
> A identificação com os políticos ligados as milícias é flagrante.
>
> Exemplo Prático : Disse, no RJ TV, que as milícias levaram a paz a segurança
> as
> Comunidades de Jacarepaguá. É só checar no You Tube.
> Por "coincidência" todas as áreas de milicianos estão fechadas com ele.
> Na Favela do Gouveia, em Paciência, o centro social do vereador Jerônimo
> Guimarães Filho (PMDB) montou tendas para oferecer serviços gratuitos como
> escovação de dentes e aplicação de flúor, verificação de pressão arterial,
> manicure e até emissão de carteira de identidade com funcionários cedidos
> pelo
> Detran.
> Segundo moradores, junto com as tendas para a prestação dos serviços,
> chegaram à
> favela cerca de cinqüenta homens em um caminhão. Eles colocavam placas de
> CARMINHA e do candidato a prefeito 
EDUARDO PAES nas casas.
>
>
>
5. Ele discrimina e desdenha as minorias e os movimentos sociais.
>
> Está sendo processado pelos índios por ofensa moral. Não compareceu a
> nenhuma
> convocação para debate com os Movimentos Sociais.
>
> Exemplo Prático: Quando  secretário de Esportes do Rio, 
Eduardo Paes,
> desdenhou
> das aspirações indígenas, quanto ao prédio do antigo museu do índio, ocupado
> pelos Tamoios, que querem ali estabelecer um Centro de Referência da Cultura
> Indígena. Prevendo ali um estacionamento disse: "Gostaríamos muito de ter a
> área para que o terreno fosse agregado à área do Maracanã". O Instituto
> Tamoio
> está na Justiça contra uma declaração ofensiva do secretário desqualificando
> o
> movimento. Veja no site do Tamoio.
>
>
>
6. É oportunista. Posiciona-se sempre ao lado dos que, momentaneamente,
> estão em
> vantagem. Não respeita princípios éticos, acordos, nem linha de conduta. Não
> tem
> ideologia, nem coerência política.
>
> Exemplo Prático : Perseguiu incansavelmente o Presidente Lula, o chamou de
> ladrão e Chefe de quadrilha na CPI dos Correios. Tudo em rede nacional de tv
> e
> nos jornais. Agora tenta pegar carona na popularidade do Presidente.
>
>
>
7. Ele usa a Máquina Pública para benefício eleitoreiro.
>
> Ele é acusado de Improbidade Administrativa, compra de votos e obras
> públicas em
> praça fantasma. Além de gravar programa eleitoral dentro de uma UPA o que é
> proibido por lei.
>
> Exemplo Prático: A juíza da 8ª Vara de Fazenda Pública, Alessandra Cristina
> Tufvesson Peixoto, mandou notificar 
Eduardo Paes. O MP descobriu que a
> licitação da Fundação Parques e Jardins, vinculada à Secretaria de Meio
> Ambiente, dizia que seriam realizadas "obras de melhorias e tratamento
> paisagístico na praça situada na Avenida Marechal Rondon com Rua Nazário",
> na
> Zona Norte.
> Ao visitar o local, a perícia do MP constatou que não existe qualquer praça.
> As
> melhorias foram feitas, na verdade, dentro do Conjunto Bairro Novo, que tem
> uma
> das entradas pela Rua Nazário. A área é propriedade privada e tem guaritas
> para
> o controle de entrada e saída de pessoas e veículos.
> Para o MP, o trabalho visou a benefício eleitoral. Depoimento de uma
> testemunha
> e panfletos apreendidos pelos promotores indicam que 
Eduardo Paes e o
> servidor
> público Nelson Curvelano estiveram no condomínio e prometeram aos moradores
> que
> fariam melhorias na praça. Naquele ano, 
Paes foi candidato a deputado
> federal.
> Curvelano concorreu para deputado estadual, mas não foi eleito.
> O panfleto, com fotos e o número de campanha de 
Paes e Curvelano, dizia que
> "as
> obras da quadra e da área de lazer estão sendo realizadas (...). Vamos
> juntos,
> agora no dia 6, eleger quem realmente se comprometeu e faz". Segundo os
> promotores, "eles (
Paes e Curvelano) induziram os agentes públicos
> competentes
> para a prática de ato de improbidade e dele se beneficiaram indiretamente,
> com
> nítido propósito eleitoreiro".
>
> Esse é o Prefeito que o Rio precisa?

sábado, 16 de agosto de 2008

Katinka ou Tinkebell, mais um monstro, descerebrado mas bípede

Escrito por adv on 14 de fevereiro de 2008 – 20:09 - 



Já tenho dito, mesmo que nas entrelinhas, um pouco sobre pós-modernismo. Falar deste assunto implica em atirar críticas para todos os lados, por isso tento evitar. - Tento!
A Arte pós-moderna é uma das áreas que também não sabemos para onde está nos levando.
Suas prioridades são um cotidiano banalizado em detrimento da cultura; as apresentações ao invés de interpretações; a ironia à originalidade, priorizando o pastiche; é de fácil compreensão e não necessita de conhecimentos filósoficos e psicológicos para entendê-la; não é oposto ao público, do contrário, precisa causar, “impactar” a multidão; não faz críticas, prefere o cômico, embora seus artistas se dizem críticos.
Recentemente, no carnaval, a Viradouro tentou causar impacto através de um carro alegórico retratando centenas de judeus dizimados, com a figura de Hittler no topo. Para o autor aquilo era arte, dizia que com tais cenas iria chamar a atenção do público. Por que brincar com algo que causou tantos danos aos judeus e a humanidade? Não havia outra forma de chamar atenção sem precisar banalizar?
Não! Para os pós-modernistas o importante é chocar! A arte pós-moderna é vazia, banal, risonha, é antiarte! Seus artistas priorizam o uso de matéria viva ou morta, reproduzindo o sofrimento e a desgraça o mais próximo possível do real. Seus defensores argumentam que estão querendo chamar atenção para um problema social!
Algo assustador se verifica na arte atual: o horror! Produto do vazio intelectual de seus artistas. É o ignorante querendo ser erudito e representativo. Exemplos como o Guillermo Habacuc irão começar a surgir. - Um perigo!
Agora foi a vez de Tinkebell - ou Katinka - banalizar ainda mais o que já é banalizado - os maus tratos dispensados aos animais. Sua obra demoníaca foi criar um boneco feito de peles de cães e gatos. A justificativa se disfarça como sendo um protesto à procriação de animais através da manipulação genética. (Terra Notícias)
O ocorrido foi numa feira de arte em Roterdã, Holanda, um dos países, a exemplo da Suécia, que tem um rígido controle no que diz respeito à utilização de animais em pesquisas científicas. É muito raro algum cientista conseguir liberação legal para esse feito por lá. Mas parece que o mesmo não vale se for em nome da arte!
Katinka afirma que as peles são de animais mortos, atropelados em uma rodovia! - Restos de animais atropelados em rodovias são aproveitáveis? Pinscher* são mortos em rodovias com que freqüência?
Claro que alguma coisa estava errado! Pesquisando sobre, encontrei o site pessoal da “açougueira”. É um autêntico portfólio de um artista - com respeito aos artistas - pós-moderno, isto é, uma aberração em busca de atenção. Lá encontramos, por exemplo, Katinka vanglorindo-se por ter matado o próprio gato para transformá-lo em bolsa, ainda satiriza: “Não sabe o que fazer com o seu gato?” - Talvez saberíamos o que fazer com você…
Paro por aqui, não vou dizer que deveríamos ficar quietos porque chamar atenção é tudo que ela quer. De fato, causar alvoroço é o que deseja a arte pós-moderna. - A antiarte!
Mas não vejo que seria o melhor caminho ficarmos calados. Divulgar e possibilitar que outras pessoas tomem conhecimento dessas aberrações penso ser válido para refletirmos e não confundirmos Arte com Antiarte.
A Arte é um dos meios da humanidade avançar no que diz respeito à genericidade humana. Atentamos frente aos sujeitos que apresentam o discurso do liberal como sendo o “tudo posso”, legitimando como sendo cultura, arte, diversidade e direitos, todas as suas perversidades.
*Fotos que optei por não colocá-las aqui

http://www.logdemsn.com/2008/02/14/katinka...ado-mas-bipede/

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Vereadores ficaram até 135% mais ricos

PATRIMÔNIO DOS CANDIDATOS

Vereadores da Capital ficaram 135% mais ricos

 

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A Câmara de Fortaleza superou Boa Vista e Rio na média de enriquecimento dos vereadores (Foto: Kid Júnior)

Fortaleza é a capital com a maior média de enriquecimento de vereadores: 135%, de 2006 a 2008

Brasília. Parlamentares que disputam as eleições municipais deste ano enriqueceram, em média, 46,3% nos últimos dois anos, segundo levantamento divulgado ontem pela ONG (Organização Não-Governamental) Transparência Brasil. Entre as capitais brasileiras, a Câmara Municipal de Fortaleza teve a maior média de enriquecimento entre os vereadores pesquisados: 135%, de 2006 para 2008.

Os números são referentes à média da evolução do patrimônio declarado por 180 vereadores de capitais que foram candidatos em 2006 e 255 deputados federais, senadores ou deputados estaduais que disputam os cargos de prefeito ou vice-prefeito.

Segundo o levantamento, dos 709 vereadores em exercício nas câmaras municipais das capitais, 663 disputam a reeleição ou concorrem ao cargo de prefeito ou vice-prefeito. O patrimônio médio declarado por esses parlamentares é de R$ 377 mil. Outros 277 parlamentares do Senado, da Câmara Federal ou das assembléias legislativas se candidataram a prefeito ou a vice-prefeito.

Para fazer o levantamento, a ONG usou as declarações de bens que os candidatos são obrigados a fornecer à Justiça Eleitoral. A Transparência Brasil comparou os declarações apresentadas nas eleições de 2006 com as deste ano. A organização mantém um site na internet (www.transparencia.org.br), através do qual oferece ao cidadão o acesso a informações da vida pública dos parlamentares como forma de combate à corrupção.

Depois de Fortaleza, fica em segundo lugar na lista de capitais onde os vereadores mais enriqueceram a cidade de Boa Vista (Roraima), cujo patrimônio evoluiu 122% em média nos últimos dois anos. Na seqüência, em terceiro lugar, aparece a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde os vereadores enriqueceram em média 108% no período.

O levantamento também registrou casos onde os vereadores tiveram redução do patrimônio. O caso de menor redução, em média, foi na Câmara Municipal de Campo Grande, onde os parlamentares reduziram em 23% o patrimônio.

O levantamento ainda comparou o patrimônio declarado pelos 663 vereadores que buscam a reeleição com a renda per capita de suas respectivas cidades. Com base no PIB (Produto Interno Bruto) per capita, os vereadores são, em média, 45,5 vezes mais ricos que a média da comunidade que estão representando.

terça-feira, 29 de julho de 2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

A alma dos animais (Voltaire)

"Os filósofos dizem-me: Não vos enganeis, o homem é inteiramente diferente dos outros animais, tem uma alma espiritual e imortal, pois(notai bem isto), se o pensamento é um composto de matéria, deve ser necessáriamente aquilo de que é composto, deve ser divisível, capaz de movimento, etc. Ora, o pensamento não pode dividir-se, portanto não é um composto de matéria, não possui partes, é simples, é imortal, é a obra e a imagem de um Deus. Escuto esses mestres e lhes respondo, sempre desconfiando de mim mesmo, mas nem por isso confiando neles. Se o homem tem uma alma, tal como assegurais, devo crer que este cão e esta toupeira têm uma semelhante. Todos me juram que não. Pergunto-lhes qual a diferença que existe entre este cão e eles. Uns respondem este cão é uma forma substancial; outros me dizem: Não acrediteis nisso, as formas substanciais são quimeras; este cão é uma maquina como uma manivela, e nada mais. Pergunto ainda aos inventores das formas substanciais o que entendem por essa expressão, e como só me respondem com galimatias, volto-me para os inventores das manivelas e lhes digo: se estes animais são puras maquinas, certamente sereis em comparação com eles, apenas como um relógio de repetição em comparação com a manivela que falais; ou, se tendes a honra de possuir uma alma espiritual, os animais terão uma também, pois são tudo o que vós sois. Possuem os mesmos órgãos com os quais tendes sensações, e se não lhes servirem para a mesma finalidade, dando-lhes tais órgãos Deus terá feito uma obra inútil. Mas de acordo com vossa própria opinião, Deus nada faz em vão. Escolhei portanto: ou atribuís uma alma espiritual a uma pulga, a um verme, a um bicho do queijo, ou sois autômato como eles.(...) Portanto, Esses órgãos dos sentidos são dados apenas para o sentimento, donde se conclui que os animais sentem como nós e, assim, só um excesso de vaidade rídicula pode levar os homens a se atríbuirem uma alma de uma espécie diferente daquela que anima os brutos."
Voltaire em Tratado de Metafísica

segunda-feira, 14 de julho de 2008

A palavra Xará

Por que se diz "xará" para quem tem o mesmo nome?

Rodrigo Cavalcante

 

(Edineiton Pereira Tejo, Olinda, PE)

 

Se, pela pronúncia, você está desconfiado de que a palavra surgiu de alguma expressão indígena, acertou. "Ela tem origem na palavra sa rara, um derivado de se rera, ‘aquele que tem meu nome’, em tupi", diz o etimologista Cláudio Moreno, colunista da revista Mundo Estranho. O escritor gaúcho Deonísio da Silva, autor do livro A Vida Íntima das Palavras, lembra que, no sul do país, usa-se também a palavra tocaio com o mesmo significado. "Vem do espanhol tocayo que, por sua vez, tem origem na frase ritual latina que a noiva dizia ao noivo no Direito romano, quando a comitiva nupcial vinha buscá-la em casa: "Ubi ‘tu Caius’, ibi ego Caia (onde fores chamado Caio, ali eu serei Caia)". Por transmitir a idéia de que a noiva, ao se casar, passa a ter o mesmo nome do noivo, a palavra passou a ser usada como sinônimo de xará.

 

http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_275127.shtml

sábado, 12 de julho de 2008

Briga entre Justiças - Arnaldo Jabor

Há várias justiças brigando no ar.

A Justiça da Policia Federal, que vive na guerra.

A Justiça da opinião pública, pálida de indignação.

E a Justiça do Supremo Tribunal voando com capas pretas acima de nós.

Tivemos 7 constituições em nossa história mudadas por conveniências políticas:

Império, República, Revolução de 30, Estado Novo, 46, Ditadura Militar e redemocratização.

Mas o privilégio penal se manteve intacto.

Mesmo que a letra da lei esteja sendo obedecida, esta lei mantém sim os pobres em cana e libera poderosos.

Se houvessem penas certeiras, se assassino que mata namorada com 2 tiros fosse preso, Se ladrões com crimes documentados perseguidos até por tribunais da Europa estivessem no Xadrez a policia não precisava preencher os buracos da impunidade respondendo a uma fome de justiça da população.

Eu não me esqueço daquela mulher que roubou a margarina e ficou presa mais de 1 ano

O Ministro segue a letra da lei, mas a letra da Lei não pode ser um epitáfio num tumulo.

Em vez de se preocupar com os excessos da Polícia Federal ou de jovens juizes O supremo devia se preocupar com a velhice de nossas execuções penais

Essa crise é boa, finalmente o tumor do absurdo nacional está se rompendo.

 

Arnaldo Jabor


Vídeo da Coluna: http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VTJ0-2742-20080711-325456,00.html

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Projetos históricos para a bandeira republicana brasileira

Os artistas partidários da República deram vazão à sua veia criadora e apresentaram dezenas de projetos para o pavilhão que seria desfraldado logo após a proclamação do novo regime. Um deles apenas propunha a substituição da antiga coroa imperial pelo barrete frígio.



Outro achava que o campo verde deveria ser mantido, sobreposto à cruz da Ordem de Cristo. Dentro, uma esfera azul, orlada de estrelas de prata. Ao centro, a esfera armilar. Os ramos da bandeira imperial também se mantiveram. Era, na verdade, uma bandeira muito semelhante à imperial.



Nos esboços seguintes, as estrelas apareciam como uma constante. Um projeto mantinha o losango amarelo em campo verde, e as estrelas, cinco, dispunham-se sobre uma esfera azul, no centro do losango, representando o Cruzeiro do Sul.



A esfera armilar retornou em um dos projetos, no centro da bandeira, dentro de uma esfera azul margeada de estrelas brancas.



Ou então, ainda no centro de uma esfera azul orlada também de estrelas brancas, deixando ver as pontas da cruz da Ordem de Cristo, que, como na banderia imperial, aparecia atrás da esfera.



Em outro desenho, a cruz da Ordem de Cristo atravessava a esfera armilar, inscrita num círculo azul orlado de estrelas. Era a mesma disposição que figurava na antiga bandeira do império.



Um único esboço apresentado abolia tanto o verde e o amarelo como as estrelas. A bandeira, segundo o autor, devia ser composta em três faixas horizontais: preta, vermelha e branca, representando a fusão dos elementos formadores da etnia brasileira: o negro, o índio e o português.
No centro da faixa vermelha, o escudo, onde se inscrevia a esfera armilar. Esta ocultava uma âncora branca, da qual apareciam apenas as extremidades. Encimava o escudo o barrete frígio. Ladeando a esfera, dois ramos de café. Deveriam figurar ainda um cavalo e um boi, simbolizando a atividade pastoril. Mas foram retirados do projeto, porque sobrecarregariam o pavilhão.



O auriverde e as estrelas retornaram no desenho seguinte: uma série de 13 listras horizontais, verdes e amarelas alternadamentes. Ao canto superior esquerdo, um quadrado azul com 21 estrelas de prata. Essa bandeira chegou a ser adotada pelo governo provisório durante alguns dias.



Fonte(apesar de discordar ideologicamente dos autores do site): http://www.mv-brasil.org.br/brasil_bandeirahistoria4.html

terça-feira, 8 de julho de 2008

A Pena de Morte

Com aumento da delinqüência em todos seus níveis e formas,  tem aparecido algumas propostas para estabelecer a pena de morte para os delitos mais hediondos que tem estarrecido a nossa sociedade, como forma de reprimi-los.
A Maçonaria é contrária a pena de morte, e queremos de dar a conhecer  as razões que ela tem em conta para assumir tal posição. Para ingressar na Maçonaria é condição "sine qua non" acreditar na existência de Deus como criador de tudo quanto existe. E sendo Deus o criador da vida humana somente Nele a Maçonaria reconhece a decisão de tirar a existência de um ser humano. Pensamos que a pena de morte é um contra-senso, porque supostamente ela manda matar para ensinar que não se deve matar. Os que advogam pelo estabelecimento da pena de morte como inibidor da delinqüência estão esquecendo que nos países onde tal pena existe, os índices de delinqüência são tão ou mais elevados que em nossas cidades. 
Citamos como exemplo mais conhecido os EUA, onde a pena de morte existe em todas as suas formas que a Lei poderia imaginar: câmara de gases, injeção letal, cadeira elétrica, etc. Mas cidades como Washington, Detroit, Miami, Los Angeles e outras, mostram índices de delitos elevados que fazem parecer Rio de Janeiro e São Paulo como cidades relativamente seguras.O difícil seria elaborar uma lei que defina quem vai ser condenado à pena de morte. A todo aquele que tira a vida de outra pessoa? Ou aquele motorista irresponsável que bêbado ou dirigindo em excesso de velocidade ou participando de um "racha" atropela e mata uma ou mais pessoas? Os defensores da pena de morte dirão que foi um acidente, uma fatalidade e não usou uma arma para matar. Pois fiquem sabendo que um carro nas mãos de um irresponsável é uma arma mais perigosa que um revólver nas mãos de um delinqüente profissional.E falando em lei, todos hão de concordar que a lei sempre se inclina do lado de quem tem mais dinheiro, e não estamos falando em corrupção. Inclina-se para o lado do dinheiro porque o acusado de um crime pode contratar para sua defesa os melhores advogados, poderá facilitar a participação de testemunhas em seu favor pagando suas despesas de condução, alimentação, hospedagem, ressarcimento de dias não trabalhados, etc. e pode através da imprensa criar um ambiente que sensibilize os membros do júri em seu favor. Portanto, os únicos condenados à pena de morte, acabarão sendo os eternos marginalizados de nossa sociedade. Mas poderá alguém alegar: "e se um membro querido da sua família fosse vítima de um delinqüente, não gostaria que lhe fosse aplicada a pena de morte?"
Pode ser que sim, mas nesse momento estaríamos reagindo com sentimento de vingança que é algo muito diferente de justiça. Se o intuito dos defensores da pena de morte é a vingança e não a justiça, então é com maior razão que devemos ser contrários a pena de morte.



segunda-feira, 30 de junho de 2008

A capacidade de estudo é o que engrandece os povos

Em todas as épocas que a humanidade atravessou, nada deu maior categoria e prestígio aos povos civilizados do que o desenvolvimento de sua capacidade de estudo; capacidade que foi tanto mais ampla quanto mais oportunidades eram oferecidas à inteligência para sua livre manifestação.

Revista HypeScience

Nenhum povo teria podido sobressair e ocupar um lugar de privilégio no conceito das nações, nem figurar entre os mais destacados da história, se não tivesse existido esse esforço louvável da inteligência, que edificou tantas obras, esclareceu tantas mentes e propiciou tantos exemplos.

A força moral das nacionalidades surge sempre da potência de sua cultura e da ilustração de seus pensamentos. A capacidade de estudo cresce ou decresce segundo seja o estímulo que receba para seu desenvolvimento. Nenhum labor deveria ser mais respeitado – já que não remunerado – do que aquele que a inteligência realiza, pois só a ela se deve a soma dos avanços obtidos em todas as ordens da vida.

decadência dos povos sobrevém quando estes são privados do maior dos estímulos que o pensamento dos homens sempre reclamou: a liberdade.

Em todos os tempos, desde que existe o uso da razão, a inteligência humana se rebelou contra tudo o que pretendeu restringir ou regulamentar seu exercício. Falamos das inteligências bem inspiradas, cuja elevação de propósitos jamais traiu a esperança de seus semelhantes. Elas foram as que, em todas as épocas da história, fecundaram gerações inteiras com seu talento. É bem sabido que, para as idéias não construtivas ou, melhor ainda, para aquelas que se caracterizam por sua origem exótica e extemporânea, estão aí as leis e, por trás delas, os magistrados, que haverão de julgar essas idéias, caso o rebaixamento moral ou social a que tiverem chegado o faça necessário.

Não se pode negar que o que engrandece uma nação, mais do que suas riquezas materiais, é o concurso e o esforço dos homens de inteligência. No respeito às prerrogativas da consciência humana, na preponderância dos valores individuais e na justa estimação dos conceitos é que reside, invariavelmente, a melhor prova de sua independência e soberania.

O sentimento de nacionalidade surge, precisamente, da capacidade de estudo e de trabalho de uma nação. O conceito de pátria exalta os deveres do cidadão, resguardando a invulnerabilidade de sua terra natal. A nação constitui um corpo jurídico e social; a pátria é a alma desse corpo, encarnada no povo, e é a força moral que sedimenta a tradição e forja o ímpeto indomável do sangue.

É necessário que as massas incultas se instruam e se eduquem, para que não formem um peso morto político e social para a nação. As melhorias concedidas ao assalariado devem consistir, mais que nada, em estimular o estudo e propiciar os deveres morais e sociais, que geralmente os seres de condições inferiores evitam. Os direitos e os deveres são dois trilhos paralelos que, sem nunca se juntarem, fazem avançar em marcha ascendente a máquina do progresso.

A que glória maior pode um país aspirar que à de sobressair entre os primeiros, por sua contribuição ao melhoramento humano, e à de contar, em seu seio, com capacidades que, ultrapassando as melhores, façam surgir por todas as partes a necessidade de consultá-las como autoridades reconhecidas no mundo inteiro?

Quantos esforços já não vimos malograr-se em pleno desenvolvimento, por não encontrarem o ambiente propício nem o alento que tanto contribui para avivar a chama do entusiasmo e do empenho? Toda idéia nova nasce na mente do homem, em geral sem outro amparo que a sua própria força moral. Duras e penosas são as horas que se seguem a seu nascimento; defende-se a idéia como se defende a própria vida; por ela se luta e por ela costumam ser experimentados os mais cruéis momentos, sobretudo se, triunfando contra a violência dos insensatos, contra a indiferença ou a inveja da maioria, ela ganha corpo e se expande, beneficiando generosamente a espécie humana.

Propiciar, pois, a capacitação por meio do estudo, exaltando a consciência em manifestações amplas do pensar e do sentir, é realizar uma obra fecunda, e é o melhor investimento que o capital político, social e espiritual de um povo pode fazer, se quer alcançar os cumes da glória.

Fonte: http://hypescience.com/a-capacidade-de-estudo-e-o-que-engrandece-os-povos/
Agradecimentos ao Nimb pela dica

terça-feira, 24 de junho de 2008

Exército Brasileiro atua com repressão no Haiti

Não há nada de humanitário nas tropas no Haiti, diz conselheiro da OAB 

Enviado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao Haiti, o conselheiro efetivo da entidade no Rio de Janeiro, Aderson Bussinger, entregará nesta quinta-feira (6) um relatório com duras críticas à atuação naquele país da Missão de Estabilização da ONU, liderada pelo Brasil. Bussinger viajou em uma delegação de representantes de entidades da sociedade civil brasileira com objetivo de verificar as condições sociais e a relação das tropas com os haitianos. 

Na opinião do conselheiro da OAB, a intervenção brasileira utiliza o mesmo método das tropas estadunidenses em outros países. 

?Se trata de uma presença fundamentalmente militar. Ela não tem, a meu ver, nada de humanitário. O que eu vi no Haiti é que 85% dos componentes destas forças é militar e destinada à atividades repressivas. Então, aquela imagem que é passada aqui, de que é uma força de paz, humanitária, não é assim! Eu não vi construindo escolas, não vi construindo hospitais. Eu conversei com pessoas que foram espancadas pela força nacional e polícia?. 

Bussinger afirma que os militares brasileiros responsabilizaram a polícia haitiana pela violência. Porém, ele destacou que as tropas estrangeiras normalmente dão suporte à ação policial. Ele relatou que quando há movimentos reivindicatórios no país a polícia atua na repressão direta, enquanto o exército se movimenta na retaguarda, em uma tentativa de constranger a manifestação. 

O representante da OAB questionou a falta de ações humanitárias dos militares, que afirmaram ter realizado basicamente uma campanha de vacinação e a tentativa de cavar alguns poços artesianos. As tropas brasileiras estão a mais de três anos no Haiti. 

De São Paulo, da Radioagência NP, Vinicius Mansur. 

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/09/393679.shtml

domingo, 22 de junho de 2008

Senador Ramez Tebet fala sobre tropas no Haiti

Pronunciamentos


AutorRamez Tebet (PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro /MS)
Data17/01/2006CasaSenado FederalTipoDiscurso

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estamos de volta para cumprir com nosso dever.

Venho hoje a esta tribuna, como primeiro orador inscrito, por cessão ou permuta com o Senador Marco Maciel - meus agradecimentos a este grande homem público do Brasil -, para fazer algumas reflexões sobre um assunto de natureza internacional: a presença das tropas brasileiras no Haiti, país de tanto sofrimento, de tanta dor, de povo faminto - por que não dizer miserável? -, que tem de ter um lugar ao sol.

Não quero discutir se o Brasil acertou ou errou. O assunto foi amplamente debatido nas duas Casas do Congresso Nacional. Em verdade, as tropas brasileiras e o comando das tropas da ONU que se encontram no Haiti têm uma missão de paz a cumprir para ajudar aquele povo.

A essa altura dos acontecimentos, algumas reflexões precisamos fazer. Volto a repetir que não quero discutir se o Brasil agiu certo ou errado em estar com suas tropas lá no Haiti - esse é assunto ultrapassado, nós já estamos lá -, nem mesmo os verdadeiros motivos que levaram o Brasil a enviar tropas para o Haiti: se foi para melhorar a nossa imagem internacional, se foi para conquistar o lugar no Conselho de Segurança Nacional. O objetivo que vem sendo perseguido pelo Brasil encontra adversários até mesmo na América do Sul, como Argentina. Portanto, um intento difícil de ser alcançado.

            Mas, em verdade, as tropas brasileiras estão lá e os resultados, Sr. Presidente e Srs. Senadores, não parece que estão sendo alcançados, apesar das eleições que estão marcadas para o dia 7 de fevereiro naquele País. Tampouco estou nesta tribuna porque um general da estirpe, da envergadura moral, da envergadura intelectual de quem comandava as tropas da Onu, general brasileiro da melhor cepa, homem estimado dentro das Forças Armadas, reconhecidamente competente, já perdeu a sua vida supostamente através de um ato praticado por ele próprio, ou seja, o suicídio.

Isso nos ajuda a refletir? Ajuda sim. Porque a imprensa dá notícia de que os soldados brasileiros que lá se encontram estão insatisfeitos, angustiados. Em verdade, parece-me que, decorrido tanto tempo, nós não estamos vendo um projeto consistente. A Organização das Nações Unidas não dá demonstrações nem exibe ao mundo um projeto consistente para ajudar os nossos irmãos haitianos. Constitucionalmente, as Forças Armadas são responsáveis pela segurança interna do Brasil, pelo combate ao narcotráfico, aos seqüestros - e os seqüestros relâmpagos no Brasil têm aumentado -, aos bandidos que estão afrontando os policiais brasileiros, e já estão afrontando também São Paulo, onde policiais brasileiros são vitimados por bandidos da pior espécie.

Se nós não estamos cuidando da nossa própria casa, como é que estamos lá? Temos que refletir ou não sobre a nossa presença no Haiti? Dir-se-á, de um lado, como diz o próprio Itamaraty, que estamos lá em missão de paz. E digo eu: e o Brasil tem mesmo vocação pacífica, o Brasil tem mesmo espírito de solidariedade, o Brasil é um pátria de respeito aos direitos humanos.

Mas, Sr. Presidente, não está acontecendo nada no Itamaraty, parece que as coisas estão piorando por lá. E não sabemos como vamos voltar, e as coisas estão acontecendo aqui dentro. As nossas Forças armadas estão sofrendo com isso, eu tenho certeza. Por que elas estão sofrendo com isso? Porque estão com os seus vencimentos muito baixos; porque as estruturas bélica e material das nossas Forças Armadas estão ao chão, não existem mais. Os nossos armamentos estão ultrapassados. Não fora a disciplina e hierarquia das nossas Forças Armadas, nós estaríamos ouvindo declarações a nós confidenciadas pelos militares, tão dramática é a sua situação!

Pois bem, Sr. Presidente, então nós temos que pensar, sim. Será que, com a realização das eleições a 7 de fevereiro, a ONU terá cumprido a sua missão no Haiti? Será que essas eleições serão suficientes? E quem não quer eleições? Mas será que elas serão suficientes para trazer de volta nossos soldados? Nós estamos ali, mas temos de refletir. Nós temos que sair dali. A emenda pode ser pior que o soneto, Sr. Presidente, porque nós já estamos ali. Não podemos abandonar o barco, mas também não podemos ficar lá fazendo um papel de comandante das Forças da ONU sem solução para resolver a miséria, o analfabetismo, o sofrimento dos nossos irmãos do Haiti.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Ramez Tebet?

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - Somente um minuto, Senador.

A ONU não tem condições para isso. Onde estão os grandes países, os desenvolvidos? Bélgica, França, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra? Cadê esse projeto?

Venho a esta tribuna, Senador Mão Santa - e já vou lhe conceder o aparte -, porque acho que é o nosso dever, como Senadores, fazer isso. Ainda mais porque temos conhecimento de muita coisa de que às vezes se fala e que não está esclarecido. As Forças Armadas foram mesmo ouvidas para ir para lá? Até disso se duvida. Até isso a Imprensa Nacional comenta.

Temos que arrumar a nossa própria Casa também. As nossas fronteiras estão desguarnecidas. Sou do Estado de Mato Grosso do Sul. Nós fazemos fronteira com o Paraguai, fazemos fronteira com a Bolívia e, graças a Deus, vivemos em paz. Vivemos em paz, mas vivemos como corredor de contrabando: contrabando de arma, contrabando de narcotráfico, banditismo. Então, penso que temos que refletir. Já foram gastos, Senador Mão Santa, R$ 350 milhões nessa missão - é o que a imprensa noticia. O Brasil já gastou R$ 350 milhões. Será restituído disso? Diz-se que parte será, diz-se que será. Mas e a aplicação desses recursos aqui no Brasil?

O que quero é que pelo menos haja utilidade das presenças das nossas tropas no Haiti. Queria ter convicção de que a ONU vai resolver o problema do Haiti. Queria ter convicção de que a ONU será respeitada, de que tem um projeto que fará ser comprido. Queria ter convicção de que as grandes potências, que esbanjam dinheiro, que jogam recursos fora - vejam o ataque dos Estados Unidos ao Iraque! -, têm um projeto para ajudar a evitar a criminalidade no Haiti, mas, mais do que isso, Sr. Presidente, para exercer uma efetiva ação social no Haiti, porque ninguém combate a violência, nem no Haiti, nem no Brasil, nem em lugar nenhum, se não houver concomitantemente ações sociais que possam fazer um povo viver com dignidade.

Pois não, Senador Mão Santa.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Ramez Tebet, o pronunciamento de V. Exª é igual ao de Rui Barbosa lá em Haia. É um interesse internacional que leva o mundo à paz. Mas eu queria advertir aqui: bem que Napoleão Bonaparte disse que a maior desgraça é você exercer um cargo para o qual não está preparado. O nosso Presidente da República decidiu, após um telefonema de Jacques Chirac, de supetão, mandar mil e duzentos. Não combinou, não consultou o Exército, não consultou o Itamaraty. Sonhava mostrar poder internacional com uma cadeira conquistada na ONU. E aí está o resultado. E fez isso sem a mínima noção do que é a vida militar, porque nem serviço militar prestou. Posso falar, porque sou Oficial da Reserva não remunerado, fiz o CPOR. A ignorância é audaciosa. E olhem a falácia: um mártir, assim como Getúlio Vargas, o General Bacellar. E digo que um quadro vale por dez mil palavras, tal a irresponsabilidade: lá na capital do Haiti, ele estava comandando 3,6 mil soldados, da capital, Porto Príncipe; em Brasília, aqui, são 23 mil soldados para uma igual população, na paz. Então, era uma missão impossível. E esse foi o caminho que ele encontrou para chamar a atenção do mundo e do nosso País para tamanha irresponsabilidade.

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - Senador Mão Santa, o aparte de V. Exª é de muita objetividade. E é verdade mesmo: temos muitos haitis dentro do Brasil. Temos de refletir, sim. Não estou dizendo que o Brasil, neste mundo globalizado - longe de mim afirmar isso -, não deva colaborar com os nossos irmãos, com aqueles que mais necessitam. Mas dever colaborar com uma finalidade, com um resultado prático, com um resultado que possa realmente trazer benefício aos nossos irmãos e não assim como estamos colaborando, ao léu, com tantos haitis aqui dentro do nosso Brasil.

O Sr. Almeida Lima (PMDB - SE) - Senador Ramez Tebet.

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - Quanta violência!

O Sr. Almeida Lima (PMDB - SE) - Senador Ramez Tebet, V. Exª me permite um aparte?

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - Pois não, Senador.

O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) - Conclua, Senador, por gentileza.

O Sr. Eduardo Siqueira Campos (PSDB - TO) - Eu havia solicitado anteriormente.

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - Com prazer, Senador Almeida Lima.

Logo a seguir, V. Exª, Senador Eduardo Siqueira Campos.

O Sr. Almeida Lima (PMDB - SE) - Quero me congratular com o pronunciamento de V. Exª e dizer que, diante do fato que ocorreu no Haiti com o Comandante das Forças Brasileiras que lá se encontrava, tive o cuidado de, pela Internet, na minha página do Senado, rememorar o pronunciamento que fiz naquela noite, quando esta Casa estava para deliberar acerca do encaminhamento das tropas brasileiras ou não àquele País. E recordo-me de que, naquela oportunidade, além de ter votado contra, manifestei-me contrário àquela posição, àquele desejo do Governo brasileiro, dizendo mais, dizendo aquilo que V. Exª acaba de dizer: o Governo brasileiro não pode se excluir da globalização, do mundo globalizado e de uma atitude de solidariedade, mas, antes de soldados, aquele povo precisava de médicos, de medicamentos, de assistência humanitária. E o Brasil poderia fazer dessa forma, deixando para o xerife do mundo fazer o papel que não temos, por tradição, o costume de fazer. Muito obrigado.

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - Senador Almeida Lima, eu bem me recordo das palavras de V. Exª, quando o assunto foi votado aqui no Senado da República. V. Exª realmente se opunha, e se opunha com a solidez de argumentos que caracteriza a sua atuação aqui nesta Casa.

Ouço o Senador Eduardo Siqueira Campos.

Sr. Presidente, já fui advertido gentilmente por V. Exª, mas é o último aparte que estou concedendo.

O Sr. Eduardo Siqueira Campos (PSDB - TO) - Vou procurar fazê-lo dentro do tempo. Em primeiro lugar, quero parabenizar V. Exª, Senador Ramez Tebet. Meu aparte é no mesmo sentido das palavras que proferiu o nobre Senador Almeida Lima. Fui, Senador Ramez Tebet, enviado por esta Casa como observador junto à ONU, no período de 16 a 19 de novembro de 2004. Estando lá, além de ter participado do lançamento do Ano Internacional do Microcrédito, fui convidado para uma reunião com adidos militares brasileiros, conselheiros junto à ONU, que me chamavam atenção, na condição de membro integrante do Senado, de que o Brasil que assumiu essa responsabilidade, que, na verdade, é da ONU, mas que foi corroborado por esta Casa pelo Decreto de nº 207, de 2004, tinha no seu bojo toda esta intervenção muito mais revestida de um caráter humanitário do que militar, as pré-condições de investimento em infra-estrutura, saneamento básico, educação, saúde. Colocar um país para chefiar uma missão, desacompanhado dessas outras medidas é seguramente condenar este País a uma situação de extremo perigo para a sua tropa. Esta é a maior missão brasileira militar para o nosso País depois da Segunda Guerra Mundial. Imagine V. Exª que, desacompanhado da infra-estrutura, que é papel da ONU e não do Brasil, de fazer investimento em saneamento básico, na recuperação social do Haiti, o Brasil está à frente de uma missão inglória. A tensão dos nossos militares me foi transmitida, e a fiz constar de um relatório, porque se fui enviado a ONU por esta Casa, Senador Ramez Tebet, sinto-me na obrigação de em qualquer missão que realizo no exterior de trazer um relatório para o Presidente desta Casa. E eu remeti, dentro das minhas considerações acerca do que vi na Organização das Nações Unidas, naquela data, esta preocupação dos militares, dos adidos militares brasileiros junto à ONU de que o Brasil cobrasse com veemência que a ONU cumprisse a resolução que enviou a missão ao Haiti. De outra forma deixaria o Brasil muito mal.

O SR. RAMEZ TEBET(PMDB - MS) - Senador Eduardo Siqueira Campos, felizmente encerro meu pronunciamento. Digo felizmente, porque o aparte de V. Exª tem toda a procedência. Os jornais do mundo e a imprensa brasileira estão noticiando que o seqüestro, as mortes, a fome e a miséria, mas eu não li nenhuma notícia de nada que se refira à infra-estrutura, à tentativa da solução de problemas sociais dos nossos queridos irmãos haitianos.

            Por fim, são essas as considerações que queria fazer. Agora, não posso, como ser humano, tendo tantos amigos nas nossas Forças Armadas, descer desta tribuna sem deixar aqui a minha homenagem ao general falecido Urano Teixeira da Matta Bacellar. E também, Sr. Presidente, o destino tem sido assim,...

(Interrupção do som.)

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - ... às vezes penso que vou falar um assunto de interesse internacional e fico sem jeito, porque o destino me coloca pela frente aquilo que acho que tenho mais arraigado dentro de mim. Então, sobre este assunto, um jornal do meu Estado diz que estão sendo treinados soldados do Mato Grosso do Sul, o treinamento começará agora em março para aumentar ainda mais o efetivo das nossas forças no Haiti.

            Comecei falando da ONU e encerro prestando minha homenagem a Mato Grosso do Sul, mas torcendo para que o Brasil encontre o tempo oportuno. E o tempo tem que ser oportuno mesmo, o momento é oportuno para não significar nem retirada, mas muito menos...

(Interrupção do som.)

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - ...fazer um papel que não compete ao Brasil, que é um papel simbólico dentro do Haiti, que é o que está acontecendo agora. E o Haiti, o Governo Federal e o próprio Itamaraty me permitam terminar desse jeito, estamos cumprindo um papel quando este papel que estamos cumprindo lá devia ser cumprido aqui dentro do Brasil em defesa da tranqüilidade, do sossego das nossas famílias.

Muito obrigado.


Fontes:
Secretaria-Geral da Mesa - Secretaria de Taquigrafia 
Secretaria de Informação e Documentação - Subsecretaria de Informações 
Dúvidas, reclamações e informações: 
SSINF - Subsecretaria de Informações 
(3311-3325, 3311-3572) 
Senado Federal - Praça dos Três Poderes - Brasília DF - CEP 70165-900 - Fone: (61)3311-4141


http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Pronunciamento/detTexto.asp?t=359525