quarta-feira, 7 de maio de 2008

Liga dos Camponeses Pobres

Por uma questão de JUSTIÇA devemos ouvir os dois lados da história certo? depois de uma matéria da revista "Isto É" falando que a LCP se tratava de uma guerrilha é importante mostrar o outro lado da história que aqui publico com imenso prazer e Senso Crítico.

Nota de Repúdio

Jaru, 25 de março de 2008

Repudiamos a matéria mentirosa, sensacionalista e criminalizadora que a Revista “Isto É” tenta passar por reportagem, com chamada de capa na edição de N.º 2003-Ano 31.

Repudiamos que latifundiários bandidos, assassinos, escravocratas, grileiros e os principais responsáveis pela destruição das florestas de nossa região, que moram em mansões e andam de avião, sejam apresentados, neste panfleto do latifúndio travestido de “matéria Jornalística”, como se fossem dóceis velhinhos bem intencionados, que retendem trazer o progresso para Rondônia, e que são impedidos, ameaçados e aterrorizados por camponeses maus!

Repudiamos uma vez mais, repudiaremos centenas, milhares de vezes, sempre que guaxebas, pistoleiros, jagunços, seguranças privados, contratados para aterrorizar e
assassinar camponeses pobres, mulheres e crianças, nós denunciaremos sempre que forem apresentados pela imprensa como humildes trabalhadores inocentes, contratados para serviços diversos.

Repudiamos este tipo de matéria paga que têm o único e exclusivo objetivo de dar repercussão nacional e servir de justificativa para sórdidas campanhas repressivas, com
direito a torturas e assassinatos de camponeses pobres, tratados por essa imprensa podre e preconceituosa como “combatente de grupo armado”, “trupe maltrapilha, encapuzada e arredia”, e tudo o mais que transforme estes camponeses da região amazônica, estes brasileiros homens, mulheres e crianças, em alvos para as balas da burguesia, do latifúndio e do imperialismo!

Repudiamos que sejamos acusados de “portar arsenal de guerra”, enquanto o repórter mau caráter coloca a foto de um pistoleiro, jagunço, guaxeba, como que escondido no mato, com uma frase que ocupa quase uma página inteira falando de guerrilha, enquanto a legenda explicando que se trata de pistoleiro do latifúndio é mínima!

Repudiamos a grosseira armação de colocar fotos de companheiros ao lado de cadáveres, com o objetivo de que os leitores reconheçam estes companheiros como os responsáveis
por tal assassinato! Que teria ocorrido segundo a “reportagem” em 22/02/2008. Canalhice também tem limite, Sr. Alan Rodrigues!

Estes companheiros, Ruço e Caco, foram injustamente acusados, há anos atrás, pela morte de um pistoleiro do latifundiário e grileiro Galo Velho, que é um dos maiores do
ramo da “grilagem” no país, reconhecido como tal oficialmente pelo próprio Estado.

Ruço, depois de mais de 4 anos preso injustamente, foi ABSOLVIDO em Júri Popular, junto com Joel. Caco, após permanecer por três meses preso, foi absurdamente condenado, junto com o Dr. Ermógenes, advogado que presta serviço a alguns acampamentos, pela LEI DE IMPRENSA! Esta condenação impediu Caco de se defender junto com Ruço e Joel. Caco tem advogado constituído, inclusive apoiado por manifestação,
pública, em abaixo assinado, de mais de 500 personalidades jurídicas e intelectuais de pelo menos 21 estados brasileiros e países espalhados pelos 5 continentes.

Esse processo infame contra Caco foi movido justamente por um dos protagonistas da matéria da “Isto É”, o Major Enedy. O mesmo que foi denunciado por camponeses de receber estranhos “presentes” após ações de reintegração de posse. O mesmo que, como um pavão, uma estrela de televisão, foi de colete a prova de balas no julgamento de Ruço e Joel, como testemunha de acusação, e acabou desmoralizado ao reconhecer que seus comandados, “nas horas de folga”, prestavam serviços de “segurança” para o latifúndio na região! Mas talvez na busca pela verdade, verificar suas fontes não estava na pauta do Sr. Alan.

QUEM MERECE SER REPUDIADO, EXECRADO E PUNIDO PELA SOCIEDADE, INCLUSIVE PELA PRÓPRIA LEI DE IMPRENSA UTILIZADA CONTRA O MOVIMENTO CAMPONÊS, é a revista “Isto É”.

E mais: repudiamos também veementemente as declarações do Major Josenildo Jacinto, Comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental. Este Major acusa a Liga de tudo o quanto pode e enxerga, porque a sua “polícia ambiental” é ODIADA PELA MASSA DE TODOS OS CAMPONESES DE RONDÔNIA! Esta polícia é odiada porque persegue camponeses e pequenos madeireiros, enquanto protege latifundiários e grandes madeireiros. Esta polícia é odiada porque protege os agentes do IBAMA, verdadeiros agentes do imperialismo na região, que chegam passando por cima de tudo e de todos. Até o próprio governador de Rondônia andou protestando contra o IBAMA na região.

Conclamamos todos os democratas de Rondônia a se unirem contra mais esse sórdido ataque contra a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, que também é um ataque covarde contra o movimento camponês combativo, que é um ataque a todos os camponeses pobres da região amazônica, que é um ataque aos heróicos camponeses de Rondônia, que vieram de todas as partes do Brasil para esta terra, onde resistem há décadas aos ataques do latifúndio e à cobiça devastadora dos imperialistas estrangeiros, principalmente norte-americanos.

Cobramos a punição deste repórter e desta revista, e conclamamos todo o movimento popular a fazer o mesmo, na justiça!

Àqueles que, assustados com as calúnias e o sensacionalismo barato desta matéria paga, silenciam sobre tantas mentiras, acabarão por se tornar cúmplices do banho de sangue
pretendido pela reação e já planejado, que está em processo acelerado de ser deflagrado.

Que todos os democratas sinceros e amantes da verdade e da justiça, se unam!

A verdade vencerá a mentira!

Viva a luta combativa dos camponeses de Rondônia!
Terra para quem nela vive e trabalha!
Viva a luta heróica dos camponeses brasileiros da região
amazônica. A Amazônia é nossa!
Viva a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia!


Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia


PREPARAÇÃO DE UM NOVO MASSACRE EM RONDONIA

A revista “Istoé” publicada no dia 26/03/2008 estampou em uma de suas reportagens de capa, matéria em que acusa a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia (LCP) de ser um “grupo armado”, “organização guerrilheira”, “responsável por homicídios”, “desmatamento ilegal”, etc., etc., e etc.

Com o título de que “O Brasil têm guerrilha”, a dita revista baseando em depoimentos do delegado de Buritis, Iramar Gonçalves, do grileiro de terras em União Bandeirantes Sebastião Conti Neto, membros da Policia militar Ambiental e do major Enedy Dias, ex comandante da PM em Jaru, a revista Istoé estimulada pelos grandes latifundiários da região requenta as velhas acusações de sempre contra a LCP, sem obviamente apresentar nenhuma prova concreta do que diz ser verdade. Senão vejamos:

- Logo no inicio da matéria a revista diz que o agricultor Paulo Roberto Garcia morto em fevereiro deste ano foi morto pela LCP. Entretanto na própria matéria diz que os assassinos estavam encapuzados, o que obviamente impede o reconhecimento de quem seriam os assassinos. Mas sem pensar duas vezes a revista acusa a LCP.

- Logo à frente a matéria acusa a LCP de ter aberto uma estrada para acesso a Bolívia. Essa referida estrada foi aberta em 2006 por mais de 1000 moradores do distrito de Jacinópolis com apoio da LCP para que a comunidade possa ter acesso à cidade de Nova-Mamoré a quem pertence o distrito de Jacinópolis. Entretanto como não é de costume do pseudo-jornalismo saber a opinião dos moradores do lugar sobre qualquer fato, a revista “Istoé” também não perguntou a nenhum morador de Jacinópolis a história desta estrada.

- A revista também diz que a LCP fecha estradas para que a polícia não entre no local. Ora a policia ambiental é odiada pela população de Jacinópolis pelos abusos que sempre fez naquela região, como parar caminhões carregados de madeiras extraídas da floresta para pedir propina sob ameaça de apreensão do caminhão, fato conhecido pela maioria dos moradores da cidade de Buritis. Parar moradores da região como se fossem bandidos sob a mira de armas, manter pessoas em cárcere privado como fez em 2006 com um camponês que se perdeu na mata e foi mantido preso por três dias na sede da policia ambiental. Isso são fatos conhecidos de todos moradores de Jacinópolis e ao contrário do que diz “Istoé” é o motivo que tem levado à saída de moradores de Jacinópolis, além das seguidas operações do IBAMA, SEDAM, PF e exército que fechou as poucas madeireiras do projeto acabando com o emprego de muitas pessoas. Os rojões que tanto assustaram os pseudo-jornalistas da “Istoé” é a única defesa da população da região para não perder seu moto-serra, e sofrer abusos por parte da polícia.

- A acusação de “guerrilha” não nos surpreende. Pouco antes do chamado “Massacre de Corumbiara” em 1995, a grande imprensa de Rondônia também acusava os camponeses que ocuparam a fazenda Santa Elina de fazerem “treinamento de guerrilha” e o resultado todos sabem qual foi: homens, mulheres e até crianças assassinadas pela polícia e jagunços da fazenda. É esse o motivo da matéria da “Istoé” reproduzida aqui em Rondônia pelo jornal dos latifundiários Folha de Rondônia, ou seja, preparar o clima para um massacre em Jacinópolis, sonho dos latifundiários de Rondônia.

- Sebastião Conte Neto uma das fontes de “Istoé” é um conhecido grileiro de terras da união em Porto Velho e formador de milícias armadas em União Bandeirantes. Já o delegado Iramar Gonçalves têm vários processos na justiça sendo que em um deles é acusado de trabalho de pistolagem, juntamente com outros policiais civis, para o finado latifundiário Lourival Carlos de Lima responsável pela morte de vários camponeses inclusive pela tentativa de homicídio de uma criança de 12 anos em 2006. Já o major Enedy Dias é uma triste figura que foi forçada a abandonar Jaru após varias prisões sem mandato judicial e apoio a pistolagem.

Responsabilizamos desde já os governos estadual e federal por qualquer ataque que vier a acontecer a população de Jacinópolis.

ABAIXO A IMPRENSA MARROM, SERVIÇAL DOS LATIFUNDIÁRIOS!

ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA PELA TERRA!

LIGA DOS CAMPONESES POBRES DE RONDÔNIA


REDNOTIC
REVISTA ELTRÔNICA DE NOTICIAS INTERNACIONAL DA CONTRAINFORMAÇÃO

"A Contrainformação é o contraponto pafifico da Mídia Burguesa Global"

Ano V – Edição 0320 – 2ª Quinzena de Abr/2008


Órgão filiado à OnG CAMPA-Cooperação Associativo-Ambiental Panamazônica
http:\\luc-adnalramsolidário.blogspot.co

m – p.luc73@gmail.com

DENÚNCIA!...

Massacre de Campo Novo

LATINFUNDIÁRIOS E AGRONEGOCIANTES DO NOROESTE, MANCOMUNADOS COM O GOVERNO ESTADUAL DE RONDÔNIA, E A IMPRENSA BURGUESA NACIONAL, INCLUSIVE A REVISTA ISTOÉ, MANDAM MATAR TRABALHADORES DA LIGA DE CAMPONESES POBRES DE RONDÔNIA
– LCP-RO.

Editorial-Denúncia:
Massacre de Campo Novo
Apelo ao Presidente Lula.

Mais um ato de barbárie contra camponeses é cometido em Rondônia, onde 15 trabalhadores ativistas homens, mulheres e crianças, do Movimento Popular LCP-RO-Liga de Camponeses Pobres de Rondônia, acampados no Km 140 da Rodovia BR-421, foram brutalmente massacrados e seus corpos mutilados abandonados à sanha dos animais e aves de rapina, e os pertences dos acampados mortos e outros refugiados do assalto, INCLUSIVE 20 Motocicletas, foram saqueados e/ou destruídos numa grande fogueira deflagrada pelos bárbaros genocidas do Latifúndio.
A revista REDNOTIC repassa esta denúncia aos Leitores, e direciona-a à pesoa do Magistrado Maior do Brasil e executivo supremo da Autoridade Brasileira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem cabe determinar e dar condições objetivas ao seu Ministro da Justiça, Dr. Tarso Genro, a que tome ele as imediatas providências que o caso requer, para mandar investigar o crime hediondo e punir severamente os assassinos e mandantes do Massacre de Campo Novo já que, pelo que tudo indica, o Governador de Rondônia e seu Secretário de Estado da Segurança Pública, assim como a Polícia Federal ali destacada, estão escandalosamente prevaricantes e omissos na contingência do crime sanguinário, e presume-se que eles são suspeitos de conivência e responsabilidade dolosa pelo massacre brutal de 15 trabalhadores rurais congregados à Organização Camponesa Liga de Caponeses Pobres de Rondônia (LCP-RO), cujos cadáveres permanecem expostos a céu aberto servindo de repasto aos felinos, raposas e urubus, no âmbito dantesco e terroroso do Acampamento.

Indícios inequívocos dão contas de que o Massacre de Campo Novo, perpetrado por milicianos terroristas (jagunços) e policiais militares do Estado, contratados como mercenários assassinos, todos mantidos por latifundiários rondonienses (fazendeiros e agronegociantes da Região), teve também a conivência dolosa do Jornal Diário Folha de Rondônia e da Revista nacional ISTOÉ que, nos dias vesperais à Matança, veicularam intensas notícias alusivas e artigos sintomáticos, fazendo apologia aos fazendeiros e lançando falsas acusações, difamatórias e injúriosas contra os camponeses do LCP-RO, e mais especificamente contra os trabalhadores arregimentados no chamado Acampamento "Conquista da União", localizado no Km 140 da Rodovia BR-421 que ontem foi alvo do hediondo massacre. Parece até que tais órgãos, tendenciosamente, estavam preparando subliminarmente o espírito público para absorver pacificamente as notícias posteriores ao massacre. Aliás, esta é uma acusação aventada pelas Lideranças camponesas de maior credibilidade dos Movimentos Popular MST e LCP-RO.
(Comunicado original emitido por Dirigentes Associativo- Rurais da Liga de Camponeses Pobres de Rondônia)

DENÚNCIA GRAVÍSSIMA:

MASSACRE DE CAMPONESES EM CAMPO NOVO-RO

Na manhã de hoje, dia 09 de abril/2008, mais de 100 jagunços fortemente armados e encapuzados, invadiram o acampamento "Conquista da União" localizado na BR-421 km 140, Município de Campo Novo-RO. Os jagunços (membros de milícias terroristas) mantidos e capacitados por fazendeiros e agronegociantes regionais, e apoiados ostensivamente pelo Governo do Estado; assim como policiais mercenários (da Polícia Militar), contratados pelos supra citados Capitalistas, cercaram e invadiram o acampamento e foram atirando em todos os que ali se encontravam. Segundo informações passadas por um camponês que conseguiu escapar fisicamente ileso da refrega, cerca de 15 pessoas incluindo uma mulher grávida foram assassinadas brutalmente e outras apanhadas como reféns. 20 motocicletas e todos os pertences dos acampados foram saqueados e/ou queimados.

A Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia-LCP-RO vinha denunciando há várias semanas a preparação de um massacre de camponeses sem-terra naquela região do Estado. Toda a campanha, orquestrada pela grande imprensa de Rondonia e do País, em especial o jornal Folha de Rondonia e a revista Istoé, esta que acusou falsamente a LCP e os camponeses daquela região de serem "guerrilheiros ligados às FARC", sendo esses mesmos órgãos de imprensa que apresentavam tendenciosamente os pistoleiros matadores dos latifundiários (jagunços e policiais mercenários) como "trabalhadores rurais". Tudo isso para tentar justificar este massacre que estava então em processo de preparação estratégica, conforme denunciamos nós da LCP-RO inúmeras vezes. Essa imprensa acima mencionada, alem de sectária a serviço do Latifúndio e do Capitalismo Agromercantilista, é conivente e dolosamente corresponsável pelo sangue derramado destes camponeses vítimas de mais um genocídio bárbaro em Rondônia.
Tão logo ocorreu o massacre ligamos para a Policia Federal que disse apenas que isso "não era de sua jurisdição" e que "não podia fazer nada". O secretário de estado da segurança pública de Rondônia César Pizzano disse que para ir ao local onde estavam os mortos "precisava de um boletim de ocorrência do fato", justificando sua omissão dolosa e evidente prevaricação funcional com um arroubo burocrático imbecil (???... !!!...). Isto mostra a cumplicidade criminal destes órgãos e autoridades pertinentes com a prática genocida deste massacre hediondo e reincidente na Região, sendo que os mesmos órgãos e indivíduos públicos são os que, há pouco tempo, também, acusavam falaciosamente os camponeses da LCP-RO de serem "guerrilheiros", guerrilheiros que ao momento do ataque genocida não tinham sequer um mínimo de armas para enfrentar inimigos tão cruéis e sanguinários.

A LCP-RO não descansará enquanto os responsáveis por este massacre não forem punidos e a terra destes camponeses não for demarcada e legalmente instituída.

Assinado:
LCP-RO
Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia


--
@@@@@@@@@@@@
Paulo Lucena
OnG Campa - Cooperação Associativo-Ambiental Panamazônica;
Filiado á OnG Greenpeace Brasil,
e Membro Internacional do Programa
Rede de Ação Urgente Brasil (RAU-Br) da Amnesty International.
- www.ufpa.br/permacultura
Membro ati vo da OnG V2V-Brasil
www.portaldovoluntario.org.br/paulolucena/index.php
- p.luc73@gmail.com
- p.luc73@hotmail.com
Esfera-Suporte da OSC Rede Capro-Dlis
- Tel. (91)3227-0449.
@@@@@@@@@@@@
Senso Crítico sempre!

Nenhum comentário: