domingo, 18 de maio de 2008

Thomas Müntzer



Thomas Muentzer (ou Müntzer, Münzer) (1489 ou 1490 - 1525) foi um sacerdote do início da Reforma Protestante.

Ele nasceu na pequena vila de Stolberg nas Montanhas Hartz. Thomas Muentzer estudou inicialmente no seminário, obtendo o mestrado e completando o Bacculareus biblicus. Ele dominava o grego, o hebraico, e o latim. Foi ordenado padre em 1513 tendo sido feito padre de S. Miguel em Braunschweig em Maio de 1514.

Já no ano de 1519, Muentzer tinha aceitado a necessidade de reformas. Ele juntou-se à Reforma de Martinho Lutero, tendo-se tornado pastor em Zwickau em 1520, com a recomendação de Lutero. Lutero, no entanto, não foi tão longe como Muentzer, que cortou relações em 1521 por divergências quanto ao baptismo de crianças, entre outros assuntos, tendo fundado a sua própria seita religiosa. Por esta razão, Muentzer é considerado um dos fundadores do Movimento Anabaptista. No entanto, é questionável se ele próprio alguma vez foi "rebaptizado".

Muentzer foi expulso de Zwickau pelas autoridades em 1521. Em 1522 ele envolveu-se numa disputa com Lutero. Em 1523, casou-se com uma antiga freira e tornou-se o pastor de Allstadt, onde pregou até 1524. Em 1524, Muentzer tornou-se um dos líderes das revoltas que ficaram conhecidas como a Guerra dos Camponeses. Em 1515, ele liderou um grupo de cerca de 8000 camponeses na Batalha de Frankenhausen, convencido que Deus iria intervir do seu lado. Muentzer foi capturado e emprisionado. Sob tortura ele abjurou o protestantismo para não ser queimado, sendo decapitado em 27 de Maio de 1525.

É amplamente reconhecido que Muentzer encorajou os camponeses à revolta contra os ricos proprietários com base nas suas interpretações da literatura apocalíptica, especialmente a luta do bem contra o mal tal como encontrada no Livro da Revelação. Aplicando a vitória da revelação à sua própria situação, ele liderou um grupo de camponeses, cantando e marchando para o seu massacre. A ideia de Muentzer da luta do "bem contra o mal" tornou-o um herói simbólico do Estado da República Democrática Alemã (R.D.A.) no século XX. Pode parecer estranho que um estado ateísta como a RDA tenha estilizado um teólogo num herói, mas uma das razões para isto, de acordo com Torkel Brekke, é que o movimento de Muentzer e a Revolta dos Camponeses foram tópicos importantes do livro "A Guerra dos Camponeses na Alemanha", que é uma obra clássica de Friedrich Engels em defesa do Materialismo Histórico. Engels descreve Muentzer como um líder revolucionário que escolheu usar a linguagem bíblica porque esta seria a única que eles entenderiam.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_M%C3%BCntzer

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